terça-feira, 6 de dezembro de 2016

A quebra

06/12/2016
Promessas são armadilhas,
Pois são formas de nos comprometer,
E o compromisso firmado tende
A tornar pessoas andarilhas
Em gaivotas nas gaiolas, profundo entristecer.

Quando se promete há cobrança
E há perda de esperança,
Transforma o comprometido
Em réu, subjuga-o, não faz sentido.

Se é preciso prometer
É porque não dá para manter,
Se não dá para manter
Quebra-se a promessa, o caráter, o compromisso.

Foi-se a era de cavaleiros armados
Com espadas juramentadas à honra de terceiros,
Conta-se histórias que trazem comportamentos regulados,
Na expectativa de aquisição da alma alheia com compromissos lancinantes,
Sem troca, onde um espera e o outro se martiriza, ciclo constante.


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