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É verdade. Eu culpo o egocentrismo como o vilão central desta forma de agir: ataco antes de entender o que o outro quer dizer. Li um texto de Martha Medeiros, em "Feliz por nada", sobre isso esses dias.
Ser sincero é muito importante, e se eu pudesse decretaria uma lei para que todo mundo fosse sincero, mas apenas nos momentos que realmente importam. Ser sincero para quem não pede a nossa opinião é algo inadequado, e pode ser impolido. Sua opinião não passa de sua opinião, e se não a pediram, paciência. Perceba que o mundo não gira ao seu redor.
E não falo apenas de você ter que seguir regras de etiqueta, nem muito menos que você não deva.
Nós nos envolvemos em diversos grupos sociais, com relacionamentos de intensidades também diversas: sóbrio, engraçado, íntimo, superficial, profissional, amizade, familiar e etc. Há a necessidade de saber como agir em cada um, e dentro de cada grupo com cada pessoa. Você não é a pessoa mais importante de relação alguma, porém é a mais importante para ti.
Não prego para que saia por aí "falando polidamente" com todos, cumprimentando a todos os desconhecidos e oferecendo favores. O que quero dizer é que não é porque você pensa algo, que deva falar para as pessoas. Mas se você deve falar, pode ao menos pensar em como dizer para a pessoa sem que isso se torne rude, mesmo que você se sinta assim: rude, grosseiro, querendo magoar a pessoa. Vai valer a pena? Se o objetivo for o de magoar, fale sem pensar e espere para ver o resultado.
Porém, se você pretende mostrar o quanto está incomodado, se pretende levar a pessoa a refletir sobre algo, ou mesmo ter uma discussão no momento em que haja o embate não seja a melhor opção... ser polido pode ser a resposta mais certa.
Nossas relaçoes íntimas com amigos e parentes não nos dá o direito de falar qualquer coisa e de qualquer jeito, mesmo que você tenha a solução para aquele problema que a pessoa está vivendo.
Nossas relações com desconhecidos muito menos nos faz livres para sair agredindo o outro, mesmo que convivamos em ambientes como salas de aula, escritórios e etc, e não gostemos de alguém dali, só será ruim para quem convive ali viver em situações de falta de educação.
Não estou dizendo que deva partir para a conciliação e tentar resolver os problemas da humanidade. Apenas seja polido: se ser polido no ambiente de trabalho e estudo é fazer piadas, que elas sejam de bom gosto e que não denigram a imagem de nenhum dos personagens da cena.
Cuidado com como fala com seu amigo, cuidado com como fala com a pessoa que desabafou com você! O momento pode ter sido inadequado, ela pode ter sido indelicada, mas trocar farpas ajudará? Perder a amizade será a melhor opção? Pense antes de conversar, exponha suas ideias e possíveis soluções.
Ah, peça desculpas, isso não dói, e mesmo que você não tenha errado por querer, às vezes magoamos as pessoas por falta de atenção em nossas ações. Desculpas não resolvem tudo, mas amenizam os ânimos.
Não quero dar uma lição aqui que eu não tenha aprendido e não venha aprendendo, muito pelo contrário. Nos importar com os outros não nos faz fracos, ser polido não nos faz perdedores, deixar passar um momento de ira do outro - ou mesmo indiretas, diretas e fusquinhas - não nos faz inferior. Saber quando deixar passar, como reagir nessas situações e com quem vale a pena se estressar é que faz-nos crescer. Afinal: focar a energia em quem não nos importa é desperdício de você mesmo, valorize-se.
Em uma pesquisa na internet procurei saber sobre o tema, encontrei uma crônica em dois lugares diferentes com a autoria diferente também, se quiser ler pesquise no GOOGLE esta citação, gostaria que ela encerrasse a reflexão, trazendo mais um momento de reflexão:
"A ruína dos Estados, a destruição das famílias e dos indivíduos é sempre precedida pelo abandono das regras de boas maneiras"
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