Estou meio revoltada e não tenho tempo
de demonstrar isso!!! Aiai... para conseguir escrever isso passei dias e dias
pensando e esperando para conseguir escrever, e para escrever foi mais um ou
dois dias.
Eu estou como módulo no colégio novo,
para onde me removi. Aqui fiz novas amizades, incríveis e das quais pretendo
ter o melhor e dar o melhor! Porém isso me trouxe mais uma opção de trabalho, visto
as novas relações que tenho, e então estou com uma escola particular. Não é
muito certo eu estar em escola privada... pois eu sempre me coloquei contra e não
por não achar que a escola me faria bem ou algo assim, mas por não achar que eu
tinha um perfil para tal. Ainda acho que não tenho, mas estamos em vias de
descobrir.
Eu sei que estou trabalhando com gente
competente demais no município e na particular. Sei também que estamos
dividindo as angústias de nossa profissão e cargos, sei que cada coisa nova que
aparece é algo a mais para se trabalhar fora do seu expediente... isso está me
matando, não só por eu estar com falta de tempo para realizar as coisas, como
também a falta de tempo de todos os professores!
Hoje trabalho com um mestre, e digo
isso devido ao fato de ter publicado dois textos dele em um Blog que administro.
Para ser exata tenho administrado o Blog do CEU EMEF Tatiana Belinky, o Blog
que vos fala neste espaço, o Significando, o da Editora SoMaDi e as páginas no
face da Editora e a da escola. O texto do Silvio, que postei, foi este aqui:
O Mito Sísifo, o Eterno Retorno e o Trabalho
do Professor., apreciem e comentem, mas acima de tudo reflitam.
Hoje temos a situação de tecnologia versus
tradição. Estamos sofrendo (literalmente) a implantação do diário
eletrônico, através da plataforma de Sistema de Gestão Pedagógica, que vem a
muito tempo se desenvolvendo e não se realizando. De qualquer forma a decisão
das nossas gestões foi a de que devemos usar um tablet por sala (ou algo
assim), com uma internet muito lenta e um sistema muito pesado, buscar aula a
aula colocar toda a informação que está no diário impresso (em muitas escolas
manter-se-ão os dois sistemas de registros) na plataforma online, sendo que
tenho que sair da minha sala e entregar o tablet ao próximo professor e ainda
pegar o da próxima sala com o outro professor eu estava na sala. Isso tudo está
logisticamente incoerente. A questçao maior é a de que não se investe como deve
e não se implanta como deve e se espera que se trabalhe como se deve sem as
devidas condições.
A opções que sobraram foi o uso do
computador nas horas de atividade individual ou em casa, se não o uso de tablete
ou netbook e internet particular do professor. Isso tudo passa a se colocar no
sistema “quando dá”, sendo que o que deveria ser diário vai focar parecer mais
um semanário ou "mensário". E ainda vai retirar nosso tempo destinado às
atividades de correção de atividades/provas, preparação de conteúdos e aulas,
assim como a preparação das atividades e provas, preenchimentos de outras
burocracias, e ninguém vai dar uma hora extra sequer em nossas contas correntes.
O que se ouve muito nessa época é o
seguinte: "Tentei em casa e não consegui.", "Está muito difícil,
terei que levar para casa", "terei que usar meu tablet (notebook,
computador, etc) e minha internet em casa pra conseguir dar conta",
"Tenho que dar prioridade ao papel, pois esse sistema perdeu o que eu coloquei",
coisas deste tipo são ditas, aparecem agora e não será diferente em outro
lugar.
Eu estou trabalhando demais fora de
meu horário, e mesmo estando de módulo trabalho bastante, e não tenho recebido por
fora, nada de hora extra, nada de folga, nada de nada.
Meus colegas relatam seus sentimentos e situações dramáticas do tipo chorar sozinho em casa por não dar conta de todos só diários de todas as escolas no prazo estipulado, neste bimestre louco e mais curto e cheio de atribulações oferecidos pela copa do mundo. Não falo de qualquer colega, não. Falo daqueles que estão preocupados com o seu serviço e realizam o melhor que podem, vivem em formações diversas e se podem até pagam cursos para os alunos que seriam perdidos dentro deste sistema educacional problemático. Vejo professores que sonharam com a profissão entrando em pânico com as novas experiências ao assumir um cargo. Vejo professores capazes e cheios de vontade, energia e disposição sendo minados pela angústia e ataques de ansiedade pela constituição de turmas alienadas e que não sabem que são, assim como suas famílias, assim como todo o resto. Isso vai além de questão de tempo apra fazer as coisas.
Dizer-lhe-ão que pagam nossos fds, pagam 5 hi, pagam hora cheia para cada 50 minutos. Pois bem... não está dando conta das minhas atribuições, e das dos demais também! Como resolver isso?
Meus colegas relatam seus sentimentos e situações dramáticas do tipo chorar sozinho em casa por não dar conta de todos só diários de todas as escolas no prazo estipulado, neste bimestre louco e mais curto e cheio de atribulações oferecidos pela copa do mundo. Não falo de qualquer colega, não. Falo daqueles que estão preocupados com o seu serviço e realizam o melhor que podem, vivem em formações diversas e se podem até pagam cursos para os alunos que seriam perdidos dentro deste sistema educacional problemático. Vejo professores que sonharam com a profissão entrando em pânico com as novas experiências ao assumir um cargo. Vejo professores capazes e cheios de vontade, energia e disposição sendo minados pela angústia e ataques de ansiedade pela constituição de turmas alienadas e que não sabem que são, assim como suas famílias, assim como todo o resto. Isso vai além de questão de tempo apra fazer as coisas.
Dizer-lhe-ão que pagam nossos fds, pagam 5 hi, pagam hora cheia para cada 50 minutos. Pois bem... não está dando conta das minhas atribuições, e das dos demais também! Como resolver isso?
Alguém me ajude e me diga: o que eu
devo fazer? Deixar de lado e ser uma professora do tipo que leva com a barriga (haja dito, frase marcada no conselho dia 4/4, em relação aos alunos)?
Fazer o que dá e abaixar a cabeça para um sistema opressor e que não contempla
a qualidade de condições de serviço? Mudar de emprego? Me eleger e virar
política? Hum... será que vai? Pensarei nisso.
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