segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Concursando I

Hoje é dia 17/11/2013, acabo de fazer aniversário e presto a prova do concurso para professor do Estado de São Paulo dois dias depois. A empresa que está aplicando é a FGV e além do absurdo de não darem um gabarito para levarmos para casa, causou especulações sobre as intenções do Estado em facilitar ou não a vida dos professores candidatos que estão prestando a prova.
São 10h20min. e acabei a prova, mas se eu quiser ter meu gabarito devo esperar até às 11h e levar o caderno todo. Não me deixaram ler, não me deixam ligar o celular e nem dar um role. Então vamos refletir!
Fiquei preocupada com o nível de dificuldade esperando um bicho de sete cabeças. Esta foi só a pedagógica, já com duas dissertativas, e o que tenho a dizer é que agora estou preocupada por ter sido muito fácil, tanto na falta de pegadinhas quanto na linguagem, tanto na “simplicidade” dos temas quanto a falta de questões de cunho legislativo. Linguagem simples, layout simples.
Não que eu vá gabaritar, mas no geral muita gente vai bem. Esperemos a segunda parte, que se iniciará às 14h.
O que me fez escrever, além do tempo ocioso, são as dissertativas x contexto. Somos cobrados como docentes, de contextualizar para nossos picorruchos, tanto que circulou pelas redes sociais uma questão de biologia do ENEM teve uma questão baseada em uma música popular que levava o candidato a se imaginar lambendo o cantor do Camaro amarelo, sem fugir da conotação sexual e garantindo um contexto esdrúxulo. Que seja.
Aqui temos perguntas sobre ações pedagógicas sobre três situações fictícias, duas em uma só pergunta, que estão fora do contexto do candidato que presta a prova. Numa rotina comum e contextualizada, uma análise de casos seria debatida (o que contempla em grupo de docentes, coordenador pedagógico e gestores) depois de exposta, pesquisada e analisada com o perfil dos educandos e da instituição de ensino em grupo e então seriam propostas ações para decidir e definir o planejamento para atingir os objetivos.
Agora me diga, como uma sociedade onde se avalia no nível superior com exames, sem contexto e de acordo com o grupo B da questão 2 (anexo), espera-se que no ensino básico se prepare de forma humanizada priorizando qualidade e a construção do conhecimento se na realidade te querem na caixinha, reproduzindo e hierarquizando?
De fato estou bem desconfiada das teorias de que a escola é uma microssociedade, pois ela não representa essa sociedade de verdade, não para garantir um contexto para o educando, podem até inventar um reflexo da sociedade, mas o contexto é outro, de fato não o social e sim o escolar.
Para finalizar, há o contexto escolar e o social, há também o contexto ideal e o real. Devo dizer e vestir a camisa do ideal social, enquanto pratico o real e o escolar. Quanta demagogia. Ainda são 10h37min, continuarei depois da segunda prova.

***

Agora são 15h e aguardo meu marido para dar-me carona. A prova de português foi muito fácil, já a de inglês foi péssima, palavras chaves e temas muito específicos de práticas, o que facilita para quem tem atuado, muito diferente do caso.
Conversando com amigos, ouvindo as conversas dos candidatos na porta e lendo na internet percebe-se que há incongruência na questão dificuldade, como a de inglês teve as de história, matemática e biologia.
Qual será o critério usado por eles?
Hoje é dia 25/11, alguns dias após a prova prestada, gabaritos divulgados e conversa, cá estou para terminar este texto, que passa de atrasado para publicação no blog.
De fato a empresa que prestou serviços deixou muito a desejar, o gabarito atrasou um dia e quando veio trouxe diversos erros. O de português que acusava 11 pontos no meu, foi retificados para 18 no dia 20. Inglês foi um fiasco de 11 pontos e nada mais.
No geral, pedagógica, atingi os inesperados 34 pontos e agora eu tenho a minha melhor pontuação em todos os meus concursos, e fico na expectativa de subir após a aprovação dos recursos e estar entre os que serão lidos na dissertativa, pois além de estarmos presos à Diretoria de Ensino que escolhemos, serão corrigidos apenas o n° de vagas da área X3,5 dos que foram aprovados na dissertativas e aí só quem for aprovado nesta fase poderá se efetivar.
Com tanta confusão, acredito que simplesmente não será simples este processo da 2ª fase.

Todos estão apreensivos, cheios de dúvidas e inseguros com tudo isso. Esperemos pelo melhor, e nos decepcionemos se ele não vier.

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